quarta-feira, março 19, 2014

SOLDADOS DA PAZ coma Sede em Peniche Parte IX ( Década de 1990 a 1999 )

Artigo: Fernando Engenheiro
ANO DE 1996

A 22 de Março de 1996 realizou-se a assembleia geral da AHBVP, no salão de festas da sede da instituição, tendo o comandante Jacinto Pedrosa tecido algumas considerações elogiosas acerca da pessoa que durante 19 anos, de forma digna responsável, assumiu a presidência da assembleia geral, tendo demonstrado apego e grande dedicação a causa a que se entregou totalmente patenteando franca amizade aos bombeiros da sua terra. Ao ser convidado para continuar a exercer o cargo que vinha ocupando, nitidamente comovido, declinou o convite. Trata-se do grande amigo desta casa, Francisco Mamede Cardoso Júnior, para quem foi proposto um voto de louvor, que mereceu aprovação unânime com aclamação.
Empossada a nova direcção, o novo presidente, Júlio Alberto São Bento Correia, congratulou-se com a entrada de novos elementos, designadamente, António José Barradas Leitão, João Fernando Correia Costa Vargas e Humberto João Prioste Bruno Machado, a quem desejou o gosto e empenho por esta casa, digna da maior dedicação e aprego de todos os penichenses.
Meses depois, jé então com a nova direcção em plena actividade, continuaram, a exemplos dos anos anteriores, a comemorar mais um aniversario desta brilhante instituição humanitária, que comemorou os 67 anos de idade a 16 de Junho de 1996. Assim, a direcção e o comando levaram a efeito a comemoração de mais um aniversario. Do programa, ainda na memoria de muitos, destacamos na véspera do aniversario, dia 15, em Serra d'El-Rei, localidade onde foi montado um simulacro em que se deitou fogo a uma viatura, tendo sido executados os trabalhos inerentes a extinção do incêndio provocado e simulado o salvamento das pessoas hipoteticamente envolvidas no sinistro. Colaboraram nestes exercícios os bombeiros adstritos à secção destacada na localidade serrana.
No dia seguinte, com poucas alterações dos anos anteriores, seguiram-se o cortejo ao Cemitério Municipal de Santana com os elementos que compõem o corpo de bombeiros e fanfarra.
Seguiu-se o cortejo pelas ruas principais da cidade, direito à Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Ajuda, onde foi celebrada a Eucaristia pelo reverendo ajudante do comando, Pe. José Luís Guerreiro, que efusivamente referiu, na homilia, a importância dos bombeiros numa terra e a acção por eles desenvolvida que se considera bastante meritória, arriscando, por vezes, a própria vida para salvar a vida do seu semelhante. Terminado o acto religioso, seguiu-se a sessão solene no salão de festas da sede da ABVP.
No decorrer das cerimonias salientou-se um louvor a dois bombeiros que, meses antes, salvaram dois surfistas em perigo de vida no mar da Praia do Baleal. Com a agressividade do mar, retratada por uma ondulação de seis a sete metros, era já imprevisível conseguir-se o salvamento daqueles jovens de 16 e 17 anos, que, com destreza e desconhecimento do perigo a que se impuseram quando praticavam desporto em condições tão negativas. Alertado o Quartel dos Bombeiros de Peniche, cerca das 12h30 do dia 7 de Janeiro de 1996, com rapidez, todo o pessoal com material e equipamento necessários, se fez deslocar para as praias mais próximos dos surfistas, entre Peniche de Cima e Baleal, onde dois dos três jovens se afastavam mais da praia, correndo o risco de se esmagarem contra as rochas. Foi então que os bombeiros José António Lopez Rodrigues, de 22 anos, e Rui Gomes, de 24, largaram o bote a água, com muita dificuldade, devido a violência do mar, acompanhados do sota-patrão, Jacinto Neves, em serviço no Instituto de Socorros a Náufragos, com sede em Peniche. Algum tempo depois, os dois bombeiros foram distinguidos com o prémio ’Bombeiro do Ano - Diário de Noticias' tendo sido seleccionados por um júri constituídos pelo major Júlio Gomes (Serviço Nacional de Bombeiros), Anselmo Silva (Liga dos Bombeiros Portugueses), Isabel Rodrigues e Fernando Pires (Diário de Noticias). A referida distinção foi entregue numa festa realizada no dia 4 de Fevereiro no Espaço 2-A Aguiar de Alpoim, em Lisboa, como consta de um diploma, bem como foi atribuído um prémio com o valor monetário global de 250 mil escudos, a dividir igualmente pelos dois.
Na sessão solene foram colocadas divisas e entregues machados a 28 bombeiros que aguardavam promoção, por outros elementos do corpo de bombeiros e familiares, em casos especiais. e a seu pedido. Também foram colocadas medalhas por assiduidade a bombeiros graduados e membros dos órgãos sociais da associação medalha de cobre aos que se dedicaram há mais de 5 anos; de prata, aos que permanecessem há mais de 10 anos; de ouro, aos que perfizeram 15 anos; e ainda de ouro aqueles que têm mais de 20 anos de dedicação a instituição.
A Câmara Municipal de Peniche tinha em conta a comparticipação a dar aquela instituição, durante o decorrer das obras do novo quartel em construção na Avenida do Porto de Pesca. Para isso tinha necessidade de por em andamento o loteamento de terrenos municipais na Prageira (Avenidas do Porto de Pesca e Monsenhor Manuel Bastos de Sousa) para construções particulares, a fim de obter fundos, para satisfazer o que ficou acordado em reunião camarária e que pouco tempo depois satisfez a deliberação em causa.
Também no decorrer deste ano, o comandante Jacinto Teodósio Ribeiro Pedrosa, pela sua valentia e o seu bairrismo a terra que abraçou, levou-o ao longo do seu voluntariado ao serviço dos Bombeiros Voluntários de Peniche a ser reconhecido pelas mais diversas entidades oficiais pelos relevantes serviços prestados à instituição.
Na cidade das Caldas da Rainha, entre os dias de 23 a 27 de Outubro de 1996 teve lugar a realização do XXXVI Congresso Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses.
No último dia decorreu a cerimónia em que foi condecorado aquele ilustre comandante desta corporação com o crachá de ouro, por relevantes serviços prestados à nobre causa dos Bombeiros Portugueses. Segundo o artigo 3° do Regulamento de Condecorações, o crachá é destinado a galardoar serviços altamente relevantes, de carácter eminentemente geral e de incontestável contributo para a causa dos Bombeiros. Este alto galardão foi colocado pelo Chefe da Casa Militar, general Faria Leal, em representação do Presidente da República. Também a Câmara Municipal, poucos dias depois, quis vincular mais uma vez a sua gratidão, deliberando em reunião de 4 de Novembro de 1996, atribuir aquela personalidade a medalha de honra do Município de Peniche, cunhada em ouro, com as seguintes razões para o fazer, que foram presentes na mesa da reunião, em que fundamentou aquela atribuição: As funções que o Senhor Jacinto Teodósio Ribeiro Pedrosa exerceu como Presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Leiria, durante 10 anos, prestigiando a instituição perante o País; As funções que exerceu como Conselheiro Regional dos Bombeiros da Região de Lisboa e Vale do Tejo, durante 10 anos; A atribuição do mais alto galardão da Liga dos Bombeiros Portugueses, o crachá de ouro, concedido ao Senhor Jacinto Teodósio Ribeiro Pedrosa, pela sua dedicação, pela forma desinteressada como do longo da sua vida defendeu os valores do Humanismo e da Solidariedade; A dedicação que do longo dos últimos 25 anos, vem prestando à Associação dos Bombeiros Voluntários de Peniche, quer como seu dirigente, quer como Comandante do seu Corpo de Bombeiros e por conseguinte do Concelho de Peniche; Considerando que à Autarquia, como representante do Povo deste Concelho, compete o reconhecimento e o agradecimento público pela devoção do trabalho desenvolvido em prol da Sociedade pelo Senhor Jacinto Teodósio Ribeiro Pedrosa’
ANO DE 1997
Decorre já desde 0 principio desta década a campanha de angariação de fundos para a construção do novo quartel na Avenida do Porto de Pesca a tornejar para a Rua da Ponte Velha. Embora a construção desta obra tivesse inicio em Maio de 1996 estava prevista a sua conclusão para Novembro de 1997, 0 que não aconteceu. O seu valor foi orçado em cerca de 200 mil contos, o que na prática, não é difícil de crer, que este montante se elevaria em algumas dezenas de milhares de contos. Foi sempre com optimismo que foram conseguidas verbas para a sua conclusão, em termos de construção civil. Tínhamos também a certeza que o edifício carecia de equipamentos adequados a sua estrutura, cujos custos também foram avultados, ficando a cargo do Município de Peniche todo o seu recheio. Foi esta obra subsidiada pelo Estado através do PIDDAC - Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central, segundo protocolo assinado, bem como pela Câmara Municipal, sempre pronta no que estava ao seu alcance, na sua contribuição. Para além dos apoios públicos, um benfeitor legou aos bombeiros da terra um donativo de 30.000 contos. Foi concretamente o nosso saudoso amigo José António da Lidia Belo.
As direcções à frente dos destinos daquela instituição humanitária enviaram esforços no sentido de angariarem fundos, através de acções tendentes a recolha de dinheiro que fez rentabilizar, através de uma conta bancária especifica com o objectivo de o aplicar nas obras do quartel. Citamos, entre outros donativos, a receita do Festival da Sardinha no Verão de 1995, uma percentagem na exploração dos parcómetros e nas receitas do parque de estacionamento do Baleal. Não obstante as actividades desenvolvidas, em prol de uma causa comum a todos os cidadãos, também os munícipes deste concelho deram o seu contributo para que a obra se concretizasse.
Ainda em 1997, alguns bombeiros da corporação de Peniche participaram num curso de Técnicas de Resgate em Montanhas que decorreu no período compreendido entre 15 de Fevereiro e 9 de Março, com aproveitamento.
Este curso teve a finalidade de proporcionar o resgate de vitimas em falésias e fogos, o que veio a ser mais um meio de intervenção na resolução de tais situações sinistras.
Foram feitas algumas instruções na nossa costa, tendo a prova final sido realizada junto ao Cabo Carvoeiro, a qual se realizou com êxito.
Em Março do mesmo ano, o comandante Jacinto Teodósio Ribeiro Pedrosa foi mais uma vez homenageado, a 27 de Março de 1997, no Hotel Atlântico Golfe em Peniche/Consolação, onde lhe foi prestada homenagem pelo Rotary Clube de Peniche. Nesta distinção foi posto em destaque o empenho e dedicação que o comandante Pedrosa, ao longo da sua vida, nunca regateou a causa pública, não só nas suas funções de bombeiro mas também nas numerosas outras tarefas de serviço à comunidade em que se empenhou.
Meses mais tarde, a AHBVP comemorou o seu 68° aniversário no dia 22 de Junho. Como vem sendo hábito, esta efeméride assinalou de forma simplista, mas muito significativa, mais um ano de dedicação à causa pública por parte da direcção, comando e corporação da instituição. Por outro lado, consideraram importantes os seus responsáveis proporcionar anualmente uma festa que dê oportunidade ao convívio e fraternidade de todos os componentes desta dedicada família de bombeiros, pela sua abnegação e espírito de sacrifício que, voluntariamente, se entrega a uma causa tão sublime e que se traduz no lema bem conhecido: “Vida por vida”.
Do programa do aniversário, destacamos: no dia 21, sábado, durante a manhã foram descerradas duas Lápides.
Uma no quartel em Serra d’El-Rei, com a homenagem a titulo póstumo A bombeira de terceira classe, falecida em Agosto do ano anterior, quando ia apagar um incêndio nas imediações de Ferrel, Amélia Maria Ferreira Alexandre. O parque de viaturas da secção serrana ficou com a designação do seu nome. Perante formatura geral do corpo de bombeiros e fanfarra, o presidente de Câmara Municipal de Peniche, João Augusto Tavares Barradas, convidou o viúvo da saudosa bombeira a fazer 0 descerramento da lapide. Usou da palavra Jacinto Pedrosa, na qualidade de comandante da corporação, preferindo algumas palavras de muito apreço e dedicação à bombeira Amélia assim como a todos os elementos do referido corpo.
No dia 22, domingo, as comemorações tiveram lugar na cidade de Peniche. Após a celebração da Eucaristia na Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Ajuda, em frente ao referido templo, o celebrante, Pe. José Luís Guerreiro, ajudante de comando, procedeu a bênção de três viaturas, duas das quais, ambulâncias, foram apadrinhadas pelos "Bombeiros do Ano" Rui Pedro Leitão Gomes e José António Lopez Rodrigues, e um auto-tanque pesado, em que foi padrinho o secretário da direcção, José Joaquim Vitorino Pedrosa. Toda a comitiva, bem como os soldados da paz, regressaram ao quartel depois das cerimonias no Cemitério Municipal de Santana, junto ao talhão dos bombeiros falecidos, onde foi depositada uma coroa de flores e prestadas as honras fúnebres habituais pelo corpo de bombeiros e a fanfarra que acompanha a instituição em casos especiais. O momento alto das comemorações culminou com a habitual sessão solene, depois das formalidades em que o presidente da assembleia geral, António José Leitão, abriu a sessão. De seguida, o comandante-interino, Francisco Zaragoza, leu a ordem do dia, seguindo-se a atribuição de medalhas por assiduidade, aos membros dos órgãos sociais e bombeiros, de harmonia com os anos de serviço de cada um. Assim, foram entregues medalhas de cobre, prata e ouro, respectivamente aos que tinham 5, 10, 15 e 20 anos. A medalha de 5 anos foi entregue ao bombeiro Paulo Jorge Valverde; de 10 anos ao secretário da assembleia geral, Carlos Jorge Amaral Domingos, e ao bombeiro Nuno Miguel Leitão. Medalha de 15 anos aos bombeiros Paulo Ablum Santana e António Fernandes, e, ainda, ao motorista Virgolino Ferreira; de 20 anos ao sub-chefe Vítor Pedro Pereira e aos bombeiros José Manuel Pereira, José António da Silva e José António Mendonça. Na mesma cerimonia foram entregues as medalhas aos Bombeiros do Ano e ao sota-patrão Jacinto Neves (ISN), pela sua arrojada acção demonstrada em salvamentos no ano de 1996, bem como a entrega da medalha de honra do município, em ouro, ao presidente da direcção da associação, Júlio Alberto São Bento Correia, pelo presidente da Câmara Municipal, João Augusto Tavares Barradas, que fez a entrega da medalha igual ao comandante da corporação, Jacinto Teodósio Ribeiro Pedrosa, cumprindo assim uma deliberação camarária do ano anterior.

sábado, março 15, 2014

Soldados da Paz com sede em Peniche Parte VIII (década de 1990 a 1999)

Texto: Fernando Engenheiro
ANO DE 1994
Neste ano, mais uma fornada de novos soldados da paz aderiu ao corpo de bombeiros desta associação humanitária cerca de uma dezena de novos elementos. Estes rapazes, conscientes da necessidade de aumentar e rejuvenescer os efectivos, disponibi1izaram para servir uma causa tão sublime que foi reconhecida ao longo das suas nobres actividades par toda a população do nosso concelho. Assim, estes voluntários frequentaram a escola, onde receberam formação para serem admitidos coma bombeiros de terceira classe, tendo obtido aproveitamento, os quais passaram a pertencer ao Quadro Activo. Para simbolizar a efeméride, a direcção e comando promoveram uma cerimónia, que teve lugar a 23 de Janeiro de 1994, com a recepção às entidades com guarda de honra e uma sessão solene, onde, no decorrer da cerimónia das promoções, foram entregues aos novos bombeiros, machados e capacetes, par graduados e convidados, tendo sida chamados os seguintes elementos: Nuno Fernando Santos, cujas divisas lhe foram colocadas pela subchefe Joaquim Miguel; Luís Miguel Nicolau, recebeu divisas do subchefe Vítor Pedra; Carlos José Machado, com divisas colocadas pelo bombeiro de 2° classe José Manuel Reis; Eddy Leal Dias, recebeu as divisas do bombeiro José António Lopez; Josefino Conceição Soares, do subchefe Zaragoza; Jorge Filipe Caetano, pelo subchefe Malheiros; Manuel José Rocha, pela subchefe José Jorge; Fernando José Miranda, pela bombeiro de 2 classe Marçalo; António Augusto Pinheiro, pela ajudante do Quadro Honorário Joaquim Rogério; e João Fernando Baptista, que recebeu as divisas do chefe do Quadro Honorário José Alexandre.
Nesta cerimónia foi também promovido a subchefe o bombeiro de 1° classe Carlos Alberto Remigio Garcia, cujas divisas foram colocadas por Joaquim Barradas Leitão, vice-presidente desta associação.
Foi ainda promovido a chefe o até então subchefe Zaragoza, tendo as divisas sida colocadas pelo comandante Sales Henriques, de Caldas da Rainha. Proposto e homologado pela Inspecção Regional de Bombeiros de Lisboa e Vale do Tejo (IRBLVT) para o posto de ajudante de comando, o chefe Zaragoza, colocou as divisas o presidente da Assembleia Municipal, António José Leitão.
Também proposta e homologada pela IRBLVT para o posta de segundo-comandante, o ajudante de comando Francisco Sarreira, colocou as divisas o presidente da Câmara Municipal, João Augusto Tavares Barradas. Durante a sessão usaram da palavra os comandantes Sales Henriques, Jacinto Pedrosa e, ainda, o presidente da Câmara. Encerrou a sessão o presidente da Assembleia Geral.
A 21 de Abril de 1994 foram adquiridas duas ambulâncias com o patrocínio da Câmara Municipal e do Serviço Nacional de Bombeiros, uma delas para substituir outra que não oferecia as melhores condições. A segunda veio preencher uma lacuna que existia no parque de viaturas, dado que esta corporação não dispunha de ambulância que possibilitasse o transporte de doentes em cadeiras de rodas. Esta viatura foi dotada de um sistema hidráulico instalado na retaguarda, que permitiu a prestação de mais um serviço a tais deficientes.
A Câmara Municipal de Peniche, em sua reunião de 14 de Junho de 1994, apresentou uma carta, com a referência 144/D/94, de 7 de Junho, da Associação dos Bombeiros Voluntários de Peniche, remetendo fotocópia da acta da reunião da sua direcção realizada em 5 de Maio último, na qual é referido que a viúva de José António da Lidia Belo a informou de que o seu marido, recentemente falecido, deixou àquela associação um donativo 30.000.000$00 (trinta mil contos) para ser aplicado no novo quartel, a construir logo que possível. Propõe, ainda que a Câmara Municipal distinga, como melhor julgar, aquele conterrânea, de modo a ser perpetuada a sua nobre acção. Trocadas impressões, considerando que este penichense, emigrante na Austrália, apesar de enorme distância física que o separava da sua terra natal, nunca a esqueceu, apoiando financeiramente, em diversas ocasiões e de forma significativa, a Associação dos Bombeiros Voluntários e do Lar de Santa Maria, comportamentos que importa realçar e reconhecer publicamente, a Câmara deliberou, por escrutino secreto, par unanimidade, atribuir-lhe, a titulo póstumo, a Medalha de Mérito Municipal de Benemerência cunhada em prata dourada.
Também dias antes, a 7 de Junho, a Associação dos Bombeiros Voluntários de Peniche convocou nos termos das disposições estatutárias, a assembleia geral extraordinária, a fim de reunir na sede, pelas 21h30 no dia 25 desse mês para, em conformidade com os estatutos, deliberar, sob proposta da direcção, a fim de eleger, como sócio honorário a título póstumo, José António da Lídia Belo, falecido na Austrália a 4 de Maio deste ano e sepultado em Peniche no cemitério Municipal de Santana, para onde tinha sido trasladado a 15 de Maio. De referir que se associou a esta homenagem a Liga dos Bombeiros Portugueses, com a atribuição da sua medalha de ouro. Além de todas estas homenagens, o seu nome ficou bem patente no novo parque de viaturas de incêndios, um pequeno gesto para quem tanto contribuiu para aquela instituição humanitária, mas com muito significado de grande apreço por aquele benemérito.
Mais um ano passou e a data do aniversário da ABVP chegou. Foi no dia 16 de Junho de 1929 que nasceram os Bombeiros em Peniche. Assim, a direcção e comando, como têm feito anualmente, promoveram a comemoração do 65° aniversário da sua fundação, que teve lugar nos dias 18 e 19 de Junho, na nossa cidade, aproveitando-se o fim de semana. Do programa comemorativo destacamos: no sábado, dia 18, pelas 17h00, procedeu-se à plantação de palmeiras pelas filhos dos nossos bombeiros, embora desalinhadas, continuam em grande desenvolvimento nos terrenos destinados ao futuro parque de trânsito do Alto de Santana, situado entre o Cemitério e a CERCIP. Esta plantação revestiu-se de excepcional entusiasmo, especialmente por parte dos plantadores que, estamos certos, jamais esquecerão uma missão tão sublime. No domingo, dia 19, a efeméride foi assinalada com a alvorada, hastear da bandeira e seguiu-se a celebração da Eucaristia na Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Ajuda, cabendo ao ajudante de comando e capelão desta corporação, Pe. José Luís Guerreiro, a celebração da respectiva missa, tendo sido condecorado durante a cerimónia religiosa pelo presidente da Câmara Municipal e comandante Jacinto Pedrosa, com a medalha de prata, simbolizando os 10 anos ao serviço desta associação humanitária. Após a celebração foi feita a bênção de três viaturas, em frente da citada igreja, onde se descerraram placas com a indicação dos nomes dos padrinhos das três ambulâncias. Foi deste modo que os responsáveis pela associação pensaram homenagear três dos sócios mais antigos. António Rodrigues Tormenta, Augusto Santana Veloso e Luís Correia Peixoto. Na Sessão Solene realizada no quartel foram entregues distintivos de promoções a elementos do corpo de bombeiros e atribuídas medalhas de, 10 e 15 anos de assiduidade, a membros dos corpos sociais e bombeiros. De destacar a entrega da medalha da cidade de Peniche ao vice-presidente desta associação, Joaquim Barradas Leitão.

Ainda durante o ano de 1994, em Agosto, a direcção e comando da ABVP encetou todos os esforços no sentido de prestar um serviço de qualidade à comunidade onde estão inseridos. Para o efeito, procuraram apetrechar-se com material adequado à necessidade da corporação com o objectivo de conseguirem maior operacionalidade no âmbito das suas funções. Deste modo, a 17 de Agosto, o Serviço Nacional de Bombeiros fez a entrega de um barco com atrelado para o seu transporte e quatro equipamentos de mergulho completos para serem utilizados pelos bombeiros desta corporação nas operações de salvamento, na área de socorros a náufragos.

ANO DE 1995
Não havendo nada em especial até ao aniversário da ABVP que mereça a maior menção, destaco as comemorações do 66° aniversário que tiveram lugar no dia 16 de Junho. Assim, às 8h00, realizou-se a alvorada, seguindo-se a cerimónia do hastear da bandeira, perante a formatura geral. Seguiu-se a celebração da missa na Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Ajuda, pelo ajudante de comando e capelão, Pe. José Luís Guerreiro. Após a celebração eucarística no largo em frente da referida igreja pelo mesmo sacerdote, procedeu-se à bênção de quatro novas viaturas subsidiadas pelo Município. Seguiu-se a romagem ao Cemitério Municipal de Santana, tendo sido colocadas flores no talhão reservado aos bombeiros perante formatura. Terminado este sentido acto, todos os romeiros regressaram. ao quartel, onde, pelas 11h30, foi feita a recepção às entidades oficiais.
A sessão solene teve início às 12h00, cuja abertura foi feita pelo então presidente da direcção Júlio Alberto São Bento Correia, que já não está entre nós. Seguidamente foi dada a palavra ao comandante da corporação Jacinto Teodósio Ribeiro Pedrosa. Como habitualmente nesta cerimónia se incorpora a entrega de medalha por assiduidade aos elementos do corpo de bombeiros e corpos sociais da associação. Assim, receberam medalhas de cobre (5 anos): director Vidaùl Rosa Gabriel; bombeiros de 3° classe Francisco António Silva Ribeiro e Carlos Manuel Martins Santos; bombeiros auxiliares António Manuel Vieira Nobre e Joaquim João Conchacha Bulhôes; motorista auxiliar José Manuel Tavares Belo..Medalha de prata (10 anos): director José Augusto da Silva Rosa; bombeiros de 2° classe Jorge Manuel Faneca Franco e José Antunes Alexandre; bombeiro de 3° classe Júlio Manuel Nazaré Santos; bombeiro auxiliar: Carlos José Antunes Santos. Medalha de ouro (15 anos): director José Joaquim Vitorino Pedrosa; bombeiros de 1° classe: Rui Adelino Chagas Mesquita e Fernando Baptista Pereira; bombeiro de 3° classe: António Antunes Santos; motoristas auxiliares: Vítor Manuel Silva Resende e António Romão Justina Canhoto.
No mesmo ano, a 4 de Agosto, a ABVP publicou o anúncio para o concurso público de adjudicação da empreitada do novo quartel-sede. A empreitada em causa referia-se à totalidade da obra, compreendendo os trabalhos de construção civil e todos os trabalhos complementares previstos no projecto, pelo preço base de 197.314.756$00, com exclusão do IVA. Arredondando a conta, a empreitada teve o custo inicial previsto na ordem. dos 200.000 contos. Decorridos pouco mais de dois meses, a Câmara Municipal de Peniche, na sequência de deliberações anteriores sobre a cedência de terreno para a implantação da futura sede dos BVP deliberou ceder à associação, pelo valor simbólico de 5.000$00, a parcela de terreno, com 12.800 m2, sita na Prageira, junto à Rua da ponte Velha com destino à construção do quartel da associação, não lhe podendo ser dada outra utilização sem prévia autorização da Câmara, sob pena da mesma reverter gratuitamente para o Município, bem como as benfeitorias entretanto introduzidas.
Durante o ano de 1995 a instituição não parou no seu progresso a favor das povoações rurais mais distantes da sede do concelho. Assim, na última quinzena do ano, mais propriamente a 17 de Dezembro, procedeu-se à inauguração da Secção dos Bombeiros Voluntários em Serra D’El-Rei, em edifício construído para o fim em vista, num espaço adquirido pelo Município, bem como a comparticipação. de toda a sua construção em parte às expensas da autarquia. Esta povoação viu assim. realizada uma das grandes aspirações que pairava no seu espírito há já vários anos. Com esta. nova delegação, a Freguesia de Serra D’El-Rei e as aldeias mais próximas ficaram enriquecidas, atendendo a que se lhes poderá prestar socorro mais rapidamente, em caso de acidentes, doenças graves ou aquando da deflagração de fogos. Por outro lado, a situação geográfica desta localidade permite com mais eficácia, em termos de rapidez, combater incêndios da área florestal que se situa a norte, direito ao mar. No aspecto social, a existência dum quartel de bombeiros, não só valoriza a terra onde está inserido, como também complementa urna série de serviços púbicos que foram criados e estão a prestar um bom serviço à população.
Respeitando o protocolo com uma sessão solene no próprio edifício, a cerimónia foi aberta pelo primeiro-secretario da assembleia geral da ABVR Carlos Jorge Amaral Domingos. Seguiram-se uma série de intervenções, do então comandante Jacinto Teodósio Ribeiro Pedrosa, de José Constantino Leal Ferreira, na qualidade de representante da Comissão Instaladora dos Serviços Públicos, Seguidamente usou da palavra Jorge Amador, então presidente da Junta de Freguesia daquela jurisdição administrativa, manifestando o seu regozijo, em nome do povo, pelo acontecimento. Outros se seguiram, nomeadamente Gil Martins, na qualidade de Inspector Regional dos Bombeiros de Lisboa e Vale do Tejo, bem como o então presidente da Câmara Municipal, João Augusto Tavares Barradas, e José Manuel Baptista, na qualidade de presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses. A encerrar a série de discursos usou da palavra o secretário de Estado Armando Vara Por último, o representante da assembleia geral Carlos Amaral manifestou-se satisfeito com o decorrer da sessão solene, procedendo ao seu encerramento.



quinta-feira, março 13, 2014

Soldados da Paz com Sede em Peniche VII ( Década de 1990 a 1999 )

Artigo: Fernando Engenheiro

Em continuação de trabalhos de anteriores direcções, agora com novos elementos empossados no principio de 1990, não parou a ABVP desenvolver todo um programa de revitalização desta prestigiosa e humanitária associação, de forma a elevar ainda mais o seu património e, também, para que todos os penichenses se sentissem mais protegidos e orgulhosos dos seus bombeiros. Nesta perspectiva esteve toda a direcção da associação, numa visita a uma sessão de trabalho da (Câmara Municipal de Peniche, sendo recebida pelo presidente Augusto Tavares Barradas e todo o elenco da vereação. Fez a apresentação da comitiva dos Bombeiros Voluntários de Peniche o presidente da Assembleia Geral, Francisco Mamede Cardoso júnior, tecendo na altura o trabalho desenvolvido pelos nossos bombeiros e seus directores. Seguidamente, o presidente da ABVP, Júlio Alberto São Bento Correia, deu a conhecer em pormenor a intenção, já em andamento; da construção do novo quartel.
Nesta reunião foi informada a edilidade que se encontrava em andamento o anteprojecto da futura obra, bem como o grupo de arquitectos que estava a fazer o estudo para a mesma.
Na reunião camarária de 8 de Maio de 1990 estiveram presentes todos os representantes recentemente eleitos da Associação dos Bombeiros. O presidente da direcção, Júlio Alberto São Bento Correia, referiu-se ao novo Quartel dos Bombeiros, informando a edilidade de que a elaboração do projecto havia sido confiada a uma equipa de arquitectos, encontrando-se já concluído o estudo preliminar. Disse tratar-se de um quartel do tipo C, comparada do tipo D, dimensionados para o serviço de áreas com 80 mil habitantes, e que ia ser dotado com um heliporto.
Como o terreno destinado a implantação do edifício já tinha sido escolhido, a Câmara, na mesma reunião, concedeu autorização para a colocação de uma placa informando o publico das novas instalações. Na sequência do já deliberado sobre o assunto, em reunião camarária de 26 de Junho de 1990, foi aprovada a localização do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Peniche, na Prageira, no gaveto formado pela Avenida do Porto de Pesca e pela Rua da Ponte Velha, a nascente desta.
Aproximava-se o dia 16 de Junho de 1990. As comemorações do 61° da associação prolongaram-se para o dia seguinte, tendo começado por um simulacro de acidente de viação junto ao Mercado Municipal, em que foram envolvidos uma viatura pesada carregada de combustível e um auto ligeiro, além de outros veículos. Tudo isto, afinal, serviu para testar o material existente e igualmente poder-se avaliar a capacidade dos nossos bombeiros no terreno. No dia que se seguiu, houve o habitual toque de sirene, seguindo-se uma romagem ao Cemitério Municipal de Santana, tendo sido colocada uma coroa de flores no talhão reservado aos nossos bombeiros falecidos. Entre outras solenidades, destaco o momento mais alto (se tomarmos em consideração o habitual ponto alto as condecorações individuais, que neste ano não houve) que tocou muito profundamente todos os presentes: foi o descerramento duma lápide no então quartel, pela esposa do chefe Elísio Carriço, enaltecendo o altruísmo e a disponibilidade das esposas e mães dos nossos bombeiros. No mesmo dia, após a missa celebrada pelo capelão, da corporação, Pe. José Luís Guerreiro, foram benzidas duas viaturas. Uma ambulância foi apadrinhada por Armando Faria da Silva Fadinga, na época primeiro secretário da Assembleia Geral daquela instituição, e uma viatura de fogo pelo capelão da corporação, Pe. José Luís Guerreiro.
ANO DE 1991
Mais um ano passado e mais um aniversário que se comemorou, o 62°. A efeméride assinalou-se no dia próprio, 16 de Junho de 1991, que teve o seu vasto relevo nas mais diversas cerimónias costumadas. Nos momentos mais solenes da Eucaristia, era de notar a colaboração da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Peniche. Logo a seguir e nas escadarias da Igreja Paroquial de São Pedro, assistiu-se a bênção de mais três novas viaturas, tendo apadrinhado o acto o presidente da Câmara Municipal, João Augusto Tavares Barradas, o deputado distrital Reinaldo Alberto Ramos Gomes e o ajudante do Quadro Honorário Joaquim Rogério. De destacar que uma das viaturas, um carro auto, para serviço do comando, foi oferecida por um nosso emigrante, e filho desta terra, que durante longos anos esteve fixado na Austrália, mas nunca esqueceu os "seus bombeiros Refiro-me a José António da Lidia Belo que já há alguns anos deixou de fazer parte do mundo dos vivos.
Na sessão solene procedeu-se distribuição das seguintes medalhas, por assiduidade, aos Soldados da Paz: Medalha de Ouro (15 anos): 1°. comandante Jacinto Teodósio Ribeiro Pedrosa; Bombeiro 3° classe do Quadro Auxiliar, Joaquim Duarte Marçal e 2°secretário da direcção, Nelson Rocha. Medalha de Prata (10 anos): Bombeiro 1° classe Carlos Manuel Vagos Ferreira; Bombeiro 3° classe, Carlos Manuel Silva Duarte; presidente da Assembleia Geral, Joaquim Mamede Cardoso Júnior; 1° secretário da Assembleia Geral, Armando Faria Silva Fadinga; presidente do Conselho Fiscal, Joaquim Vitorino Pedrosa; secretário do Conselho Fiscal, António Vicente Leitão e relator do Conselho Fiscal, Jacinto Francisco Alfaiate. Medalha de Bronze (5 anos): ajudante do Comando Médico, António Godinho Coelho e Silva; presidente da direcção, Júlio Alberto São Bento Correia e vice-presidente da direcção, Paulo Conceição Delgado Marques.
Aguardava-se, a todo o instante, um dos momentos altos desta cerimonia a apresentação oficial do anteprojecto das novas instalações a construir. Tudo se conjugava, pois, para que dentro em breve se tornasse realidade o arranque da obra, que muito vinha contribuir na sua valorização a Peniche e também vinha dar aos BVP o prémio da sua tenacidade, dando-lhes ainda maior espaço e formas de se poderem desenvolver cada vez mais e melhor. Todo o projecto, muito bem concebido e com vasta área, foi considerado pelos entendidos, para a época, como uma das melhores obras ao nível de quartéis realizados em Portugal.
Dias depois, a Câmara Municipal, que assumiu responsabilidades na feitura da sua construção, recebeu uma carta da ABVP que foi presente em reunião camarária de 2 de Julho de 1991, cujo despacho foi o seguinte: “Carta, com o numero 319/91 de 27 de Junho, da Associação dos Bombeiros Voluntários de Peniche, solicitando a concessão de subsidio para pagamento da primeira prestação dos honorários da elaboração do programa-base e estudo prévio do projecto da construção do seu novo quartel, no montante de esc.: 2.000.000$00 (dois milhões de escudos). Deliberado conceder um subsidio daquele valor, a pagar logo que haja disponibilidades financeiras."
ANO DE 1992
Os BVP festejaram os 63 anos de existência. Foi a um domingo o dia 21 de Junho que assistimos ao aniversário com demonstrações de perícia, num simulacro efectuado num prédio na época com obras 'junto ao Mercado Municipal, na Rua António da Conceição Bento, tornejando para a Rua Ramiro ‘de Matos Bilhau, que pertenceu aos herdeiros de Domingos Paulino. Continuou-se no dia seguinte com o programa comemorativo, onde estiveram presentes, entre muitas entidades, o governador civil do distrito de Leiria. Depois do hastear da bandeira, perante a formatura, seguiu o desfile em romagem ao cemitério, como de costume, onde foram lembrados todos aqueles que nos deixaram com a dedicação é causa humanitária do voluntário.
Houve missa na Igreja de São Pedro, celebrada pelo ajudante do Comando, Pe. José Luís Guerreiro, que durante o acto, na sua homilia, teve mais uma vez palavras de louvor e gratidão para com o corpo de bombeiros, directores e comando, pela sua entrega e exemplo de solidariedade humana.
No quartel procedeu-se a uma sessão solene onde se fez a entrega de medalhas, capacetes e machados, aos bombeiros e outras pessoas ligadas à causa. Após um almoço de confraternização no salão de festas do quartel, assistiu-se a um desfile até ao terreno onde alguns anos depois se edificou o novo quartel. As houve exercícios pela escola de cadetes e aspirantes de 1991, com grande assistência. Como sempre, e mesmo pelo grave acidente sofrido, ainda havia pouco tempo, durante o incêndio no edifício ‘Cinemar' nas imediações do Mercado Municipal, esteve presente o comandante da corporação, Jacinto Pedrosa, pessoa a quem a população de Peniche sempre honrou nas suas justas homenagens pela sua dedicação incontestável à causa dos nossos Bombeiros e dos Bombeiros de Portugal.
ANO DE 1993
A Câmara Municipal de Peniche, em reunião ordinária do dia 23 de Março de 1993, deliberou atribuir a Joaquim Barradas Leitão, que a 8 de Março passou ao Quadro Honorário do Corpo de Bombeiros Voluntários de Peniche, a medalha de prata de Mérito Municipal de Benemerência. Tendo pertencido durante vários anos aos corpos gerentes da ABVP, Joaquim Leitão exerceu de 16 de Junho de 1971 a 19 de Dezembro de 1980, as funções de ajudante do Comando do Corpo Activo dos BVP, passando, a partir desta última data, a desempenhar o cargo de 2°. comandante, cujo exercício deixou ao passar ao Quadro Honorário. Os méritos da actuação deste munícipe na benemérita instituição que serviu activamente durante mais de duas década, foram objecto de reconhecimento. por parte da Liga dos Bombeiros Portugueses, que lhe atribuiu as medalhas de cobre (1979), de prata (1984) e, de ouro (1987), tendo sido galardoado, também, com a medalha de ouro de serviços distintos em 1986.
Aproximaram-se as comemorações sagradas para os BVP, o dia do seu aniversário, que passou a contar com 64 anos de existência. Embora a efeméride tivesse o seu dia a 16 de Junho, mas por ser no meio da semana, foi transferido para o fim-de-semana, dia 20. Depois do hastear das bandeiras perante a formatura geral, as 8h30, como é tradicional, foi feita a romagem ao Cemitério Municipal de Santana, acto muito’ sentido por todos os participantes que se uniram junto ao Talhão dos Bombeiros a recordar os bombeiros e directores falecidos, onde foi colocada uma coroa de flores, perante a formatura, da qual fazia parte a fanfarra da corporação.
Na volta aquele tão solene acto, não menos importante foi as cerimónias religiosas com a celebração da Eucaristia na Igreja de São Pedro, por intenção dos falecidos ligados a corporação, assinalando em simultâneo, de forma indelével, um ponto alto da efeméride. Foi celebrante o Pe. José Luís Guerreiro capelão desta corporação e ajudante do Comando, no decorrer da cerimónia daquele piedoso acto litúrgico, na homilia que aquele reverendo usou da palavra, em que se referiu com particular relevo aos bombeiros que defendem com abnegação uma causa tão sublime, que a todos nós, cidadãos, diz respeito. Após a cerimónia no adro da igreja, o citado sacerdote procedeu a bênção de uma nova viatura.
Já no decorrer da sessão solene que teve inicio as 12h00 na sede dos BVP, com a imposição de medalhas de 5, 10 e 15 anos de serviço, as quais foram colocadas pelas entidades presentes e outros elementos da associação e corpo de bombeiros. A culminar a aludida sessão solene houve uma série de discursos, tendo a sessão sido encerrada pelo presidente da Assembleia Geral.
Usaram da palavra distintos oradores, em que todos realçaram efusivamente a actuação do homem bombeiro e dos elevados serviços que presta a nossa sociedade, a qual são imprescindíveis.
No decorrer deste ano que os BVP foram distinguidos com a honrosa visita de uma delegação representativa dos bombeiros militares brasileiros. Foi a 9 de Outubro de 1993 que Peniche viveu mais um dia a registar na sua história, ao ser escolhido para receber um corpo de 26 bombeiros constituído, por oficiais superiores brasileiros, comandados pelo coronel-bombeiro militar José Guilherme de Morais Neto, representando sete estados do Brasil, com sede no Estado do Rio de Janeiro. Dignaram-se acompanhar esta comitiva o secretário de Estado da Administração Interna, com o seu chefe de gabinete, bem como o governador civil do distrito de Leiria e as mais diversas entidades oficiais com ligação directa aos bombeiros portugueses, Autoridades Civis e Militares representantes do nosso concelho. Este acontecimento constituiu motivo de orgulho para todos os penichenses, dado que a cidade de Peniche foi eleita pelo Serviço‘ Nacional de Bombeiros para receber tão ilustres visitantes.

terça-feira, março 11, 2014

Soldados da Paz com Sede Em Peniche VI ( Década de 1980 a 1989)

Autor: Fernando Engenheiro

Ainda nos fins da década de 70, os BVP realizaram um sorteio para a compra de uma ambulância que constituía, no momento, a mais premente necessidade, pois na época as constantes solicitações dos serviços exigiam um maior número destas viaturas. Tratava-se de uma necessidade que se impunha, dado o aumento, sempre crescente, da população e das exigências normais do concelho de Peniche. Dispunha então a corporação, em Maio de 1980, de três ambulâncias, das quais apenas duas se encontravam em condições do serem utilizadas, destinando-se a outra, em consequência do seu estado de degradação, a ser adaptada a outros serviços. Eram muitas as ocasiões em que no quartel não havia uma única ambulância, acontecendo, por vezes, ao ser solicitada outra espécie de socorros, haver a necessidade de recorrer a improvisação de outra viatura em ambulância.
Causou em parte grande admiração da Corporação do Bombeiros Voluntários, pouco tempo depois das comemorações das bodas de ouro daquela colectividade, o l° comandante a frente dos destinos daquela instituição humanitária desde Novembro de 1958, ter pedido a exoneração das atribuições do seu cargo, pondo-o à disposição de alguém que a direcção escolhesse para preencher a sua vaga, cujo conhecimento oficial teve lugar em reunião daquela colectividade no dia 28 de Março de 1980, embora o seu pedido de demissão bem como a acta em que a direcção delibera não aceitar o pedido, nada alterou a sua vontade de se afastar, por razoes varias. A Câmara Municipal ao ter conhecimento daquela grande perda não só para os bombeiros mas para Peniche em geral, de harmonia com o deliberado em sua reunião realizada no dia 23 de Abril de 1980, torna pública a deliberação municipal que conferiu a Luís Filipe Jordão Vidal de Carvalho, um voto de louvor pela notável e dedicada actividade exercida no comando do corpo de BVP, em que, pelo seu inexcedível devotamento e incansável luta pelo engrandecimento da corporação, se tornou digno da admiração e agradecimento da comunidade que, desinteressadamente, serviu em tão espinhosa missão durante mais de 21 anos. Assim, assumiu o cargo do comando inteiramente, a 19 de Dezembro de 1980, o 2°. comandante Joaquim Barradas Leitão, que entregou o comando pouco tempo depois ao então presidente da direcção, Jacinto Teodósio Ribeiro Pedrosa, que tomou a posição de 1°Comandante.
A 18 de Dezembro de 1981, a Câmara Municipal de Peniche adquire a António Pafùncio da Silva Santos, residente no lugar da Coimbra, uma casa de rés-do-chão que lhe ficava contigua ao edifício da sede dos BVP, para ampliar o actual quartel, que lhe serviria de garagem para recolha de algumas das suas viaturas, Dois anos mais tarde, em 1983, foi aumentado o património da associação com mais uma ambulância Renault, viatura equipada com suspensão especial para transportes de dois sinistrados ou doentes e dois acompanhantes, bem como uma auto-escada Magirus, importada da Inglaterra. Procedeu-se a bênção das duas novas viaturas, as quais foram dadas os nomes de chefe Elísio Vieira Carriço e comandante Jacinto Teodósio Pedrosa, respectivamente. Não obstante toda a boa vontade e esforço despendido, estas aquisições só foram possíveis com forte apoio financeiro da autarquia, que se dignou a dar um subsidio de 3.893.000 escudos, que permitiu a associação adquirir a auto-escada. Trata-se de uma viatura equipada com uma escada extensível, totalmente hidráulica, com o comprimento de 30,5 metros, com movimento rotativo, elevatório, ascendente e descendente, equipada no seu topo com. um. canhão de agua para combater incêndios. A viatura tem cabine com capacidade para seis pessoas, dispondo de comunicação por interfone entre o operador do comando e o topo da escada.
Também no mesmo ano foi oferecida por Ernesto Luís Costa, vulgo ‘Ernesto Estrela' natural de Peniche e emigrante em Franca e que, tendo sido amigo bombeiro, assim provou de modo tão significativo e exemplar o amor e tão alto apreço em que tem a corporação que serviu e o nobre e humanitário papel que desempenha no seio da sociedade. Tratou-se da oferta de uma viatura Citroen AM4 (estilo boca de sapo), embora não sendo complemente nova, encontrava-se em excelente estado de conservação.
No seguimento das comemorações dos 55 anos de Vida daquela instituição humanitária, em 16 do Junho do 1984, destaco as novas promoções dos elementos que constituíam aquele corpo de voluntários: a subchefe, Joaquim Miguel Eustáquio Sousinha; a 1“. classe, José Ribeiro Jorge; a 2° classe, Carlos Manuel Vagos Ferreira e José António Bruno da Silva; a 3° classe, Paulo Nuno Ablum Santana, Alberto José Duarte Cordeiro, Adriano José da Silva Duarte, António Manuel da Silva Sousinha Brás, Américo António Ablum Esgaio, João de Almeida Monteiro, Artur Joaquim Ferreira Simões, Carlos Alberto Pinto Vale Nove, Joaquim Livio Franco Nobre, José Carlos Ferreira Silva e Alfredo Liberato Santos Henriques. No Quadro Auxiliar foram promovidos a 3° classe: António Garcia Couto, José Augusto Ribeiro Leiria, Humberto Manuel da Silva Santos, Vítor Manuel da Silva Rosendo e António Romão da Justina Canhoto. Com aproveitamento e a aguardar a idade para a 3“. classe: Paulo Jorge do Carmo Vitorino, Artur Jorge da Fonseca Ferreira e Vítor Manuel Martins dos Santos. Na passagem de Classe de cadete a aspirante foi promovido Américo António Ablum Esgaio. Quanto a passagem ao Quadro Honorário, ao posto imediato de subchefe, foi promovido Patrício dos Ramos, e a bombeiro de 1° classe, António Filipe Neves.
No ano seguinte, por deliberação camarária de 23 de Abril de 1985, foi concedida uma comparticipação para a obtenção de um auto pronto-socorro. Também no cumprimento do programa festivo das comemorações do 58° aniversario da associação humanitária, foram benzidas três novas viaturas: um auto-tanque pesado, uma ambulância de transportes e uma de pronto-socorro.
Todos estes meios de socorrismo vieram contribuir para melhorar a qualidade e a eficácia dos serviços que aos bombeiros competem, exigindo também deles um maior grau de formação técnica. Como parte do programa deste mesmo dia, procedeu-se a inauguração de um monumento ao bombeiro, constituído por uma bela pega em bronze que foi colocada na fachada do quartel, da autoria de Carlos José Rosendo Chuvas, natural e residente em Peniche (actualmente encontra-se em lugar de destaque no hall na nova sede dos BVP).

Em 1986, mais um ano decorrido que não deixou de ser assinalado com um novo pronto-socorro com vários rolos de mangueiras para combate a incêndios de matérias combustíveis. Nesta data, foi também distinguida com a medalha de ouro de serviços distintos, da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jacinto Teodósio Ribeiro Pedrosa, membro superior desta instituição que foi condecorado a 16 de Junho de 1986.
A Câmara Municipal, em sua reunião de 8 de Março de 1988, toma conhecimento de uma carta datada de 29 de Janeiro, da Pro-Comissão Instaladora da Terceira Secção dos Bombeiros Voluntários de Peniche em Serra de El-Rei, informando da realização, dentro de um curto espaço de tempo, da escritura definitiva da aquisição de um edifício destinado as referidas instalações e solicitando que sejam tomadas as medidas atempadas necessárias, nomeadamente as de natureza orçamental. Não tardou que a autarquia, meses depois desse conhecimento a Associação dos Bombeiros Voluntários de Peniche, que já se encontra registado a favor da mesma Câmara na Conservatória do Registo Predial o prédio que» vai ser alienado aquela Associação Humanitária de harmonia com a deliberação tomada em 28 de Agosto de 1986. A Câmara deliberou, por unanimidade, confirmar a referida deliberação e celebrar a necessária escritura.
Um dos momentos altos das comemorações que decorreram na manha do dia 21 de Junho de 1987, foi a sessão solene que teve lugar no próprio quartel. Durante a sessão procedeu-se a atribuição de condecorações por assiduidade, tendo sido distinguidos: com medalha de ouro - 2° comandante Joaquim Barradas Leitão, bombeiro de 1° classe António Berto Martins Alfaiate e o motorista auxiliar Hernâni dos Santos do Carmo; com medalha de Prata: bombeiro de 1° classe, Vítor Pedro de Almeida Gonçalves Pereira, os bombeiros de 2°classe José Manuel dos Reis Salgado Pereira e José António Bruno da Silva o bombeiro de 3° classe, Joaquim Nicolau Cordeiro dos Santos. Com medalha de cobre, os bombeiros de 3° classe, Paulo Nuno Ablum Santana, Alberto José Duarte Cordeiro e Américo António Ablum Esgaio, os motoristas auxiliares Henrique Carvalho Fonseca Santos, Virgolino Delfim Pereira e Jorge Manuel do Nascimento Sarreira Pereira. A mesma ‘Ordem de Serviço’ incluía também um louvor ao chefe Joaquim Rogério "pela disponibilidade e dedicações evidenciadas nos 43 anos de serviço” prestados naquela corporação, o qual, deste modo, passou ao Quadro Honorário no posto de ajudante de comando.
A 16 de Junho de 1988 assinalaram-se os 59 anos do nascimento da associação, mas a data foi celebrada pelos BVP no domingo seguinte, no dia 19. Tal como em anos anteriores, esta foi uma ocasião festiva de entusiasmo para os então membros do corpo activo, direcção e fanfarra, bem corno para os respectivos familiares, para reflectir a acção meritória da corporação a população da cidade, concelho e não só, pois devemos ter também em conta o apoio prestado pela corporação as suas congéneres das zonas afectadas pelos fogos de Verão. Por estas e outras razoes se associou, com afecto e admiração, a população as cerimónias. Na sessão solene, realizada no quartel, foram distribuídas as seguintes medalhas a membros do corpo activo: medalha do ouro (30 anos de serviço) ao bombeiro de 1° classe, Fernando Luís Malheiros Lopes; medalha de prata (10 anos de serviço). aos bombeiros de 2° classe, Aníbal da Silva Ramos e Francisco Geraldes Alfaiate; 3° classe: António José Adão Cordeiro e Remigio Manuel Codinha Santos, auxiliares Pedro Manuel da Trindade Pinto Gomes e Francisco Manuel da Costa Zaragoza, e motorista auxiliar Artur Alberto Teixeira Gouveia. A medalha de cobre (5 anos de serviço) aos bombeiros de 3° classe Adriano José da Silva Trindade, António, Manuel da Si1va Sousinha Brás, Joaquim Livio Franco Nobre e Heitor Augusto da Silva Trindade.
Em meados de 1989 começaram os corpos gerentes desta instituição anotar que; mesmo com ampliações que se fizeram em terrenos confinantes com o quartel, adquiridos por compra pelo município, as instalações mostravam-se insuficientes para o grande movimento que os BVP registavam. Assim, a 24 de Agosto dey1989), a associação dirigiu uma carta a Câmara Municipal, apresentando alternativas previstas para a implantação de um novo quartel. Após reunião camarária realizada a 19 de Setembro de 1989, em satisfação a uma informação prestada pela Divisão de Habitação e Urbanismo, datada de 11 daquele mesmo mês, a Câmara Municipal deliberou concordar com a localização apontada pelos serviços para a implantação do novo quartel e equipamento de apoio, na zona da Prageira, a sul das instalações municipais.
Antes de encerrar a década de 80, com todo o seu trajecto das mais diversas ocorrências passadas durante aquele espaço de tempo, há que lamentar e incluir na mesma trajectória a perda de alguns elementos que serviram por longos anos as mais diversas atribuições neste organismo ‘do bem-fazer' que já não fazem parte do mundo em que vivemos: Quintino Augusto de Lemos (bombeiro fundador) nascido a 1 de Abril de 1907 e falecido a 5 de Junho de 1980; José Inácio Bandeira (bombeiro fundador) falecido a 8 de Novembro de 1980; José Augusto Leiria, vitima de acidente quando no pronto-socorro da corporação se dirigia ao local de mais um sinistro, veio a falecer no Hospital Ade São José, a 12 de Julho de 1984, com 40 anos. O desditoso bombeiro foi projectado do veiculo onde seguia quando este, junto da Escola Primária n°1 desta então vila, curvou da Avenida das Escolas para a Rua Doutor João de Matos Bilhau. Na sua queda José Leiria bateu com a cabeça no lancil. A vitima entrou para o Quadro deAuxi1iar do Corpo dos BVP em 1980, tinha feito em Maio o ultimo exame para bombeiro de 3° classe,- com bom aproveitamento, e havia pedido a sua passagem para o Quadro Activo, na altura do acidente, jaz sepultado no talhão dos BVP no Cemitério Municipal de Santana; Sebastião Maria das Neves, bombeiro de 1° classe, faleceu a 28 do Setembro de 1986, jaz ‘sepultado no Talhão dos BVP no mesmo cemitério, Hernâni dos Santos Carmo, motorista auxiliar, faleceu a 6 de Junho de 1987, jaz sepultado no mesmo Talhão; Carlos Alberto dos Santos, director, faleceu a 29 de Setembro de 1987, jaz sepultado no Talhão dos BVP. Para o mesmo talhão foi também a sepultar Manuel António Malheiros, depois de prolongada doença) falecido a 20 de Março de 1988. Foi fundador e bombeiro daquela corporação humanitária, pertencendo desde então ao corpo dos bombeiros, que sempre serviram com maior dedicação. Exerceu o cargo de comandante durante cerca de nove anos, até 1958, altura em que passou ao Quadro Honorário como 1°comandante. Aires Henriques Bolas falecido a 4 de Maio do 1988, a escassos dias do perfazer 90 anos de idade, também esta sepultado no mesmo talhão. O extinto, que se encontrava desde 1961, depois de 40 anos ao serviço do município, deixa o seu nome ligado e a diversas instituições locais a que devotamente se dedicou durante largas dezenas de anos, nomeadamente, a Associação dos Bombeiros Voluntários de Peniche, de que foi fundador, e, posteriormente, director durante muitas gerências, até a Santa Casa da Misericórdia, à Associação recreativa Penichense e ao Grémio do Comércio do Concelho de Peniche. Manteve durante toda a sua vida o maior interesse por tudo quanto a Peniche e ao seu progresso dissesse respeito Foi a sepultar no Cemitério Municipal de Santana, no talhão privativo dos BVP, a seu pedido, sendo o seu desejo ficar junto dos soldados da paz que ali encontraram o descanso eterno na sua última morada.
Deixamos para trás a década de 80 e fizemos o possível e até o impossível de entrarmos na década quase segue com o pé direito, espaço de tempo que nos trouxe grandes recordações, bastantes alegrias, depois de grandes lutas e trabalho sem cessar, obtivemos a recompensa de se tornar realidade a construção da nova sede, o edifício agora na zona da Prageira, que ao longo deste período de tempo, com recuos e avanços, com a colaboração de todos, e em especial com a própria autarquia, foi possível levar avante a concretização daquela grandiosa obra, implantada em terreno cedido pelo município, pela importância simbólica de mil escudos.